sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eduardo Paes chega ao velório das vítimas do atirador de Realengo



O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chegou por volta das 10h desta sexta-feira (8) no cemitério do Murundu, em Realengo, na zona oeste, para acompanhar o sepultamento de três das vítimas do massacre que aconteceu na quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona oeste.
- É uma tragédia que abalou toda cidade. O que podemos fazer agora é consolar essas famílias. A gente sabe que não há nenhum tipo de conforto que resolva a perda dessas crianças, por isso vim até aqui dar um abraço nas famílias.
O prefeito disse que agora não é a hora de discutir o esquema de seguranças nas escolas municipais. Segundo Paes, esse assunto será estudado depois.
- Eu acho que agora é a hora de dar atenção as famílias.

O prefeito chegou acompanhado do secretario de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Osório, e levou flores para as vítimas. Os enterros das três alunas estão previsto para acontecer às 11h. A ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, também esteve no cemitério na manhã desta sexta.

- Ontem quando cheguei em casa e a primeira pergunta que meus filhos pequenos fizeram  foi:“Pai, o que houve que um cara entrou na escolha matando um monte de criança?”. O melhor que eu e outros pais temos a fazer é explicar o que aconteceu.

Paes seguiu para o cemitério da Saudade, na zona oeste, e mais tarde se encontrará com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e com a secretaria municipal de Educação, Claudia Costin.
Entenda o caso
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola comemorava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.


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