É certo que as pessoas conseguem melhorar a sua qualidade de vida com a prática da corrida, apresentando-se muito saudáveis. Juntas elas formam um exército de corredores e em qualquer lugar que se vá, na praia, nas praças, nos clubes, nas academias, nas salas de ginástica, nos parques, enfim, onde se possa visualizar, ali estão correndo lento, rápido, andando... Mas, nem tudo parece tão simples assim. Um exemplo preocupante é o que vem ocorrendo em corridas de rua, como na maratona de Chicago e na maratona de New York em 2009, quando os organizadores da primeira foram obrigados a interromper um evento gigante como aquele (aproximadamente 35.000 corredores) enquanto a maioria dos participantes cumpria apenas a metade da prova. Já na segunda, um participante brasileiro, após ter completado o evento, faleceu. É fato que muitas pessoas, mais da metade, não teriam condições físicas para concluí-las, dada as condições climáticas e bastante nocivas para a espécie humana (temperatura acima dos 30 graus e umidade do ar muito baixa em Chicago) e no caso de New York havia uma temperatura muito diferente da que experimentamos aqui no Brasil, ou seja, algo em torno de 5 graus. Mas, no caso da maratona de Chicago, por que os primeiros e os demais, aproximadamente um terço dos inscritos, terminaram e os demais não? Por que houve morte de um corredor durante este evento? Nos últimos anos, é fato que, no mundo, esta tendência esportiva fala uma só língua: a língua do Corredor. Não falo do atleta olímpico, orientado em minúcias, como segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e décadas de planejamentos tão bem elaborados e certeiros. Falo do corredor anônimo, este sim, tão exposto aos riscos, como acontece, desmedidamente, em provas nos quatro cantos do mundo. Este corredor que segue os passos dos demais e, geralmente, coordenado pelos que vão à frente, formam um grupo que não recebe orientação técnica e, apesar disto, corre. Alimenta-se de forma semelhante, come macarrão, carboidrato concentrado, utiliza isotônico e bebe muita, mas muita água e, em alguns casos, não ingere quantidades necessárias de líquidos. Eles participam de todas as provas que surgirem à frente, desde corridas de 5 km até a maratona (42.105 metros) e, quem sabe, alguns não arriscam uma participação em uma Ultra Maratona? Sem dúvida é o assunto do momento. Todo mundo quer correr, quando alteram seus compromissos para não perder um treinamento, mudam suas rotinas de vida em função da corrida e redirecionam suas férias anuais para uma data e local onde os esperam uma maratona. Sem dúvida que o assunto é dos mais discutidos pelas mais variadas fontes, como revistas, jornais, livros e colunas dedicadas à qualidade de vida e corrida. Certamente que não acho que as pessoas deveriam mudar radicalmente de atitude, porém, observo que as pessoas, uma grande maioria, tentam superar limites que estão dentro de si e muitas vezes não são ultrapassáveis, ainda. Não são ultrapassáveis pelo fato de ainda não terem amadurecido seus níveis de condicionamento físico e o maior responsável por tal façanha é o modismo que passa por cima dos obstáculos e os colocam frente a frente dos desafios. Precisamos saber quando, quanto e de que forma deveremos dar chances para ultrapassar os limites de treinos e provas. Para isso, existe avaliação médica Esportiva, médico ortopédica, nutricional e avaliação de Profissional do Esporte, além de requerer muita paciência. No mais, o praticante de corrida deve esperar por quatro a cinco anos, sob o coerente pretexto de que aconteçam modificações necessárias em comportamento (psicológicas), fortalecimento de todos os sistemas, e da melhora do metabolismo, com o aumento na quantidade de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio no sangue, para todas as células do corpo. Estes benefícios deverão anunciar o completo nível de treinamento para que as pessoas corredoras não se estafem com esforços desmedidos e inéditos aos seus organismos. No quesito Avaliação Médica, devemos nos ater para orientações vindas deste profissional, seguir a risca cada orientação dada. Avaliar-se com um profissional do esporte e ter em mente que existem algumas fases para se ultrapassar e retomar a cada ano. São elas: Adaptação I, II e III. Base – Pré Competição e Competição na fase de Aperfeiçoamento I, II e III. Avaliar-se diariamente (vide gráfico da qualidade de vida), e saber se os treinos previstos para aquele dia estão condizentes com a situação de sua qualidade de vida e rotina diária. Além do mais, saber se os seus treinamentos já estão maduros, o que o permitirá avançar na progressão do condicionamento físico e, cada vez mais, ficar menos suscetível a problemas com a temperatura, a condições de subidas e descidas das corridas, as distâncias e aos fusos horários e, principalmente, quando for pego de surpresa pelo aumento excessivo da velocidade de corrida. A pergunta que não quer se calar: Por que é cada vez mais difícil para as pessoas correrem e se saírem muito bem em provas de rua? Não adianta apenas correr Existem alguns fatores interagindo com os praticantes de caminhada e corrida que são as alterações climáticas, o aumento exagerado no trânsito das grandes cidades, a poluição que diminui a resistência física dos corredores, a qualidade dos alimentos, ocasionadas pelo descaso de quem produz e quem transporta, até chegar ao consumidor e, por fim, as poucas horas de sono, reforçadas pela insegurança nos negócios, na tensão pelo aumento no número de compromissos profissionais e familiares, que unem-se à insegurança social que nos deixa cada vez mais tensos. Treinamos para melhorar, então, precisamos de novos modelos de treinamentos e novas propostas de participações em provas de corrida. Aqui, seguem alguns exemplos necessários para que você tenha mais êxito do que surpresas desagradáveis. Treinamentos em anos sugerem as quilometragens de corridas mais apropriadas *Isto se o praticante tiver uma carreira sequencial e ininterrupta. Seguir cada orientação sugerida deve diminuir os riscos, aos menos atentos, nas corridas de rua. Bons treinos. |
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Por que correr com qualidade está mais difícil?
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Postado por
Demóstenes Ramos
às
quinta-feira, dezembro 30, 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário